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sexta-feira, 3 de junho de 2011

[CINEMA] Crítica: Apenas o Fim



"Apenas o Fim" (Brasil, 2008) é um filmaço. Porém, já aviso aos fãs de traillers de ação e suspense que não percam seu tempo. Esse filme é um filme pra quem gosta de bom texto. 

A universitária Adriana (Erika Mader) encontra o namorado também universitário Antônio (Gregório Duvivier), absurdamente um tipo diferente dela e diz "Eu tô indo embora". Essa é a frase que desenvolve todo o filme. Ele não entende, acha que é mais uma daquelas "DRs" típicas de namoradas. Mas não é, e ele logo percebe isso. "Ou achou que seria para sempre?". E ponto final.

O filme retrata o fim de um namoro de quatro meses entre esse casal universitário. Ela não explica muito bem os motivos que a levam a abandonar tudo (em algumas momentos parece até que é puro capricho de adolescente mimada). Ele tenta entender, pede pra ela ficar, diz que muda tudo que ela quiser. Ela diz que não e decreta: "Temos uma hora pra ficar juntos? A gente pode conversar ou transar. O que você quer?". 

E assim o filme se desenvolve...

O filme inteiro é um dialógo entre os dois, recheados de lembranças do relacionamento e referências sobre os anos 80 e 90. Power Rangers, Tartaguras Ninjas, Super Mário, Boy Bands, PlayStation, Britney, Cavalheiros do Zodíaco, Transformers e mais algumas dezenas de outros elementos estão todos ali, os grandes icones da cultura pop dos anos 80 e 90 estão contidos no filme em um roteiro que prima pelo texto e intriga o espectador o tempo inteiro: Afinal é o fim ou não é? Ela está apenas fazendo charme ou não? Ela vai embora ou fica? Um verdadeiro show de dramaturgia! 

O filme conta com a participação dos desconhecidos, na época de filmagem, Nathalia Dill e Marcelo Adnet em duas das poucas vezes que outros personagens dividem a cena com os protagonistas. É curioso que esses dois últimos mencionados hoje são bem conhecidos do grande público, enquanto os protagonistas não: Gregório Duvivier praticamente não aparece na mídia e Erika Mader é apresentadora e roteirista do programa "Bastidores" (Canal Multishow).

Mesmo com boas atuaçães, o maior trunfo do filme é, como já dito, o texto. A melancolia dos protagonistas, o clima tenso que vai se desenvolvendo no decorrer da exibição do mesmo, o respeito dele em respeitar a decisão dela, a tristeza dela em perceber que ele respeita sua decisão... Tudo é muito bem exposto. Dentre os diversos momentos marcantes, cito a hora que os dois se separam (por um único momento em todo o filme) e choram um escondido do outro.

Outro fator que pode passar despercebido do espectador é por vezes a linguagem metalinguística do filme: "Quando você fizer um filme sobre você, vai falar de mim?", "Eu acho filme sem ação muito chato", "Fazer referência sobre Pokémon no filme é muito ruim, vamos mudar o roteiro". Esse recurso é muito usado atualmente e, na maioria das vezes, de forma forçada, em "Apenas o Fim" não, é colocado de forma tão natural dentro do texto que só se percebe esse efeito mais no fim do filme.

Diante de  lembranças, de demostrações de insegurança  e afetividade o filme vai caminhando pro seu fim. "Bem chegou a hora de eu ir". E será que ela vai mesmo?

Tudo isso se desenvolve ao som de uma trilha sonora escolhida sob medida para o filme. A música tema "Pois é" do Los Hermanos se encaixa perfeitamente no roteiro. E faz as (muitas) cenas dramáticas cresceram ainda mais.

O filme ganhou diversos prêmios no exterior e também no país (sendo aclamado no Festival do Rio em 2008), mas não teve uma ampla divulgação e distribuição. Porém, isso é apenas um detalhe. "Apenas o Fim", que foi rodado em sua maior parte com externas na PUC-Rio, é a prova viva que um bom filme pode ser feito com pequeno orçamento.

"Apenas o fim" emociona, trás a tona a nostagia de nossa infância e juventude. Como disse no inicío: "Apenas o Fim" é um filmaço. Mas uma advertência: O filme não é recomendado para pessoas em fim de relacionamentos. rsrs


         

[CINEMA] Crítica: Se Beber Não Case - Parte II (The Hangover 2)



Desde seu pré-lançamento, o filme "Se Beber não case - parte II" (The Hangover 2, EUA 2011) já me chamava a atenção, tudo culpa do excelente filme piloto com seu roteiro e montagem primorosos.

Demorei um pouco pra conseguir assistir a esse filme, e por isso, fui um pouco desanimado diante de tantas críticas negativas pela mídia recalcada especializada. Mas enfim, vamos ao filme.

O fio contudor da segunda sequência é exatamente o mesmo do original (e isso gerou parte da crítica negativa): Os três amigos (sim, eu incluo Allan como amigo) se drogam involuntariamente e acordam sem lembrar nada que ocorreu na noite anterior, para completar perdem uma quarta pessoa e precisam remontar os passos da agitada noite passada para encontrar o desaparecido. Mesmo sendo muitas as semelhanças  com a primeira parte exibida em 2009, tudo é construído de forma original o que torna o "mais do mesmo" com cara de novo e plenamente aceitável, por isso discordo de quem diz que o roteiro é  exatamente igual ao do primeiro filme. Muito pelo contrário, esse roteiro é mais verossímil que o primeiro e nem por isso menos hilário. E as semelhanças param por aí (ok, também tem o fato do desaparecido estar o tempo todo no prédio que os três acordam inicialmente, mas isso é apenas mais um detalhe rs).

O filme começa com Stu (Ed Helms) declinando de sua despedida de solteiro ainda assombrado com os acontecimentos da primeira noitada, e concentrado em fazer com que tudo ocorra sem surpresas em seu casamento, que será realizado na exótica Tailândia onde mora a família da noiva.  Para que tudo aconteça sem problemas o dentista consegue convencer os amigos da não realização dessa despedida de solteiro, mas isso tem um preço: convidar o melancólico e solitário Allan (Zach Galifianakis) para o casamento. Durante a viagem ao local do casório, Allan conhece o jovem Teddy (Mason Lee), irmão caçula da noiva, e a presença desse "intruso" no grupo e sua tentativa frustrada em se livrar dele faz com que todo o enredo se desenvolva.  

Toda e qualquer pessoa que vai assistir "Se Beber não case - parte II" fica imaginando um novo show de  Zach Galifianakis (Um Parto de Viagem, 2010) e seu impagável Allan com suas caras e trejeitos. E não se decepcionam. No inicío do filme, Allan rouba todas as cenas pra si, até o momento que surge a macaquinha traficante que dá um verdadeiro show em cena. Assim como faz o dentista e noivo da vez Stu (Ed Helms), quando passa  a tentar controlar seu descontrole. Hilário.

O politicamente incorreto mais uma vez toma conta do filme e faz a pláteia rir com sequências inimagináveis e nada puritanas. O filme, novamente termina com uma impagável coletânea de fotos da noite anterior ao casamento, e que explica alguns acontecimentos que são deixados de lado durante a remontagem da noite fantástica (mas um ponto incrivelmente bem sacado pelos roteiristas) como por exemplo, como o gênio Teddy perde um dedo na noitada em Bangcoc (sim, é lá que eles acordam).

Os mais clássicos vão dizer que o filme abusa de grosserias e mal gosto pra fazer rir, eu discordo (e até excluiria as cenas de nudez). Eles se esquecem que foi esse humor que fez do primeiro filme um sucesso -inclusive de crítica - e portando era perfeitamente esperado que se repetisse a fórmula no novo filme. A bilheteria comprova que as pessoas aprovam esse tipo de humor, basta ver os números em sua primeira semana de exibição.

Acredito fielmente que a terceira parte sairá em breve, e o noivo da vez será ele: Allan. Mas que não convidem Myke Tayson para uma participação. Diferentemente do primeiro filme, sua participação foi totalmente desnecessária e sofrível.

Fica o convite para assistir a esse filme. Diversão garantida!

Segue o trailler abaixo:






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